quarta-feira, 4 de maio de 2011



O meu olhar é nítido como um girassol.
Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando pra a direita e para a esquerda,
E de vez em quando olho para trás…
E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes eu tinha visto,
E eu sei dar por isso muito bem… […]




Fernando Pessoa

Um comentário:

  1. Eu gosto muito deste poema =)
    Lembro quando eu estava na quarta série.


    Eu amo essas coisas mágicas que a poesia, em geral, faz nascer na gente. Penso que nós, educadores e educadoras, devíamos ser assim também e semear nos pequeninos essas sementes mágicas capaz de fazer do mundo um lugar melhor.

    OBS: Aula de Geografia nota (10)
    Aula de História nota (10)


    Aí...
    Lindamente, Alberto Caeiro, na pele de Fernando Pessoa, continua falando assim:

    “Sei ter o pasmo essencial
    Que tem uma criança se, ao nascer,
    Reparasse que nascera deveras...
    Sinto-me nascido a cada momento
    Para a eterna novidade do Mundo...

    Creio no mundo como num malmequer,
    Porque o vejo. Mas não penso nele
    Porque pensar é não compreender ...

    O Mundo não se fez para pensarmos nele
    (Pensar é estar doente dos olhos)
    Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo...

    Eu não tenho filosofia: tenho sentidos...
    Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,
    Mas porque a amo, e amo-a por isso,
    Porque quem ama nunca sabe o que ama
    Nem sabe por que ama, nem o que é amar ...
    Amar é a eterna inocência,
    E a única inocência não pensar...”

    ResponderExcluir